"A gente só mente para dizer maior verdade". A frase é mais ou menos essa, mas só agora me dei conta de seu peso real sobre mim. Eu menti -- para mim mesmo. E só agora me dei conta. Menti caindo em esparrelas, menti dizendo que acreditava, menti acreditando que essa era a hora. Que nada. Foi tudo com os burros n'água, como dizia meu saudoso avô. Foram-se os anéis, os dedos, as falanges, qualquer forma de poder segurar a verdadeira chance de, finalmente, dizer "Ufa" e seguir os dias com um pouco mais de tranquilidade. A vida me tem sido calma, é verdade, mas bem que eu queria afrouxar mais o sorriso e ter as batidas do peito mais espontâneas -- por ora, elas têm ocorrido de forma pragmática. Bombeiam o rame-rame do seu dia a dia. Queria também afrouxar os ombros, as pernas, os braços, o corpo. Em outra leitura, me entregar. Ainda acredito que um dia seja possível. É verdade: eu ainda minto para mim mesmo. Só para ver se um dia isso se transforma -- e não somente diz -- numa maior verdade.
22 julho, 2009
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Um comentário:
Esse seu post "provocou" uma revolução dentro de mim, percebi que minto tb ... tive que falar sobre isso ... quando der veja o meu último post ... beijos da janela
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