Fronteira é algo que se pede respeito. Não se pode chegar de mansinho, na ponta do pé, e querer do nada fincar sua bandeira no meu território. Alto lá! É preciso, antes de tudo, haver negociação. Seu espaço termina onde o meu começa, cara pálida, simples assim, sem eira nem beira. Por isso, esqueça sua cavalaria de lado, ela em nada me afronta. Os rios do lado de cá podem ainda escorrer sangue, mas eu sei muito bem como me defender das futuras feridas provocadas por terceiros. Deu agora pra entender por que não gosto de invasão nem de gente invasiva? Fica na sua que é melhor. E entenda de uma vez por todas: nunca fui tão claro em toda minha vida.
22 julho, 2009
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3 comentários:
Estes relatos curtos estão muito bons. Li uns quatro de vez. Muito bom. Um abraço.
É, o seu espaço começa onde termina o meu. Mas e se o meu espaço tem apenas um metro quadrado, e o seu tem duzentos metros quadrados?
Nesses casos, é difícil haver discussão. É pegar a espada e gritar feito um bárbaro.
Isso me lembra a pequena vila dos Asterix. Aí já não é espada, é poção mágica.
Viva a resistência gaulesa!
Esses surtos de clareza acabam por assustar que não está acostumado.
Mas são necessários!
Nada há de mais conflitante do que falta de respeito, de consideração!
Alto lá! Alto lá mesmo!
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