04 fevereiro, 2008

The end



Miserável memória
Prefere trazer à tona
A trêmula clareza do desespero
Diante de cenas tão fabulosas que vivemos
Entre flores, beijos, afagos e abraços nossos

Miserável memória
Prefere agir por sua própria conta e risco
Não respeita o dedo em riste da autoridade
Nem ouve os apelos de uma criança sorridente
Que um dia descobriu o amor em sua forma mais sublime

Miserável memória
Prefere ter autonomia para selecionar os capítulos
De uma história que estava só começando
E que agora eu temo em encerrar

***

[Confesso temer também o peso do arrependimento
De não ter lhe descrito as cenas dessa memória
Ou de não ter lhe apontado os fantasmas da sala escura
Antes que o “The end” derradeiro
Surja creditado na tela
Com o espocar das luzes do nosso cinema]

5 comentários:

Carol Timm disse...

Querido Daniel,

Eu prefiro os Happy End, mas não se fazem mais filmes como antigamente...

Há belos filmes em cartaz, mas muitos a gente sai tão triste da sala escura...

Bem, outros filmes virão!

Beijos,
Carol

J.Machado disse...

Fala grande Daniel!
A Carol bem disse, também prefiro os "Happy End", aliás prefiro que tudo que seja "happy" continue e não tenho um "end".
Mas se for pra terminar, que seja "Happy" mesmo.
E que nos restem memórias apenas dos "happy end".
Grande abraço.

Marco Antonio Araujo disse...

Esse poema realmente me deixou triste, como um filme de fato triste que vemos de vez em quando nos cinemas da vida...

R Lima disse...

O medo maior é o do arrependimento do feito e do não feito.. do dito e do não dito.. do não sentido.

Vê-lo engrandecido é ver nosso próprio erro a nos punir.

Bjs e bom vir a sua velha casa...



Texto de hoje: cErTeZa...

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O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...

R Lima disse...

Ops... desculpa aê meu velho.. troquei os sentidos..

Abçs.r.ss.




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