06 março, 2008

Poucas palavras



Aplaudo a aurora da imensidão
Mesmo em tempos de certo amargo da alma


Broto nas flores por você ofertadas
Meu azedume boreal


Benzo o voto santo das mãos sempre dadas
Na esperança de resgatar sua dignidade


Aprecio eu mesmo no horizonte
O crrepúsculo daquele nosso amor


Vislumbro sentado, ao seu lado
A imensidão da alma


Sou eu a minha própria imensidão


[...]


“Sou a alma
Sou a cara
Sou o retrato
Que retrata
O que na alma
Eu sou de fato”
[Arranco do Engenho de Dentro, 2006]

11 comentários:

Carol Timm disse...

Oi Daniel,

Lindo poema!

Acho que somos nossa própria imensidão...

E talvez, se sentarmos lado a lado e dermos as mãos sejamos a imensidão 2 (ao quadrado)...

Beijos,
Carol

Guilherme Côrtes disse...

nossa Daniel, que bonito isso que vc escreveu. em momentos (que o seu texto retrata) assim, da pra ter a sensação de ter o mundo nas mãos, sem ter que explicar nada. o bom mesmo do amor é senti-lo.

um abraço.

Renato Ziggy disse...

"Aplaudo a aurora da imensidão
Mesmo em tempos de certo amargo da alma"

Até nos tais instantes de amargura d'alma você conseguiu fazer dos seus versos algo imensamente doce.

Lindo, lindo, lindo!

Abraços, amigo!

Ziggy

J.Machado disse...

Daniel, caro amigo...
...que é isso, lindão seu poema.
Duas coisas, se me permite:
1-"Benzo o voto santo das mãos sempre dadas", um suspiro profundo.
2-"Aprecio eu mesmo no horizonte", a todo momento e tem ficado chato.
Das bandas de cá
fique bem e grande abraço!

Fragmentos Betty Martins disse...

querido ___________Daniel



a beleza_________sentida______

pintada nas tuas palavras


_________[...]________





como um lento rio
a alma se demora
onde estou
e aí sou
com o corpo que habito
______não para onde vou
aqui fico
até a alegria me beijar a boca______com o sabor a sal do poema

tão___________longamente
acende-se____o ardor da carícia
onde as mãos se perdem_________entre duas sílabas

como um pássaro_________ou um livro
pousado__________________no
beiral da janela______do


______meu olhar






(obrigada pelo link____já te linkei:)









beijo c/ carinhO
b.F.semana

Bárbara Matias disse...

Ei Dani...

Lindo demais seu jogar com as palvras... Nossa...você escreve muito muito bem!

Eu realmente gosto muito de voltar a velha casa e poder ver toda essa beleza de uma vida que resgata....

"aplaudo a aurora da imensidão..

a imensidão da alma..."

LINDO! Tocou profundo...

Bjim..

Filipe Garcia disse...

"Sou eu a minha própria imensidão"

ainda tenho essa frase boiando na minha alma... e através disso me certifico que vc é um poeta: pq vc incomoda com suas palavras nada vãs.

abraços

Marco Antonio Araujo disse...

"Sou eu a minha própria imensidão"...

Você tem a sensibilidade que falta à maioria.

R Lima disse...

A imensidão do "eu" por horas me assusta.

Sou e somos grandiosos o bastante e nem sempre temos a inteira plenitude disto.

Ser em si o maior.. é ser no todo o dono total do ser em constante evolução.. máxima, divina.. substancial.

Abçs meu caro e é uma honra sempre visitar sua velha casa..




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[P] disse...

Às vezes me perco na minha própria imensidão. Noutras sinto que simplesmente não consigo caber nela... vai entender [isso deve ser algo típico de escorpiana também :) ]

Perfeita combinação entre imagem e poesia, Daniel!

Beijo, moço.

Dauri Batisti disse...

Nossa!seu poema escorreu manso na minha alma como um córrego de aguas claras.