Ao amor,
Eu me inscrevo a todo momento em palavras, letras desenhadas e frases emblemáticas para lhe demonstrar a mais tenra dedicação. Mas suas respostas já não quero mais esperar. Torço sinceramente um dia tirar esse bilhete, há anos estandarte da porta do meu quarto, e postá-lo no endereço certo. Nem que seja o mesmo destino de vários outros bilhetes dessa natureza: a gaveta do armário. Lá também moram o silêncio e a resignação.
[Escutando “New York I love you, but you're bringing me down”, LCD Soundsystem]
Eu me inscrevo a todo momento em palavras, letras desenhadas e frases emblemáticas para lhe demonstrar a mais tenra dedicação. Mas suas respostas já não quero mais esperar. Torço sinceramente um dia tirar esse bilhete, há anos estandarte da porta do meu quarto, e postá-lo no endereço certo. Nem que seja o mesmo destino de vários outros bilhetes dessa natureza: a gaveta do armário. Lá também moram o silêncio e a resignação.
[Escutando “New York I love you, but you're bringing me down”, LCD Soundsystem]
9 comentários:
Ah, Daniel, que coisa mais linda. O coração ficou tranquilo enquanto fazia tua leitura. Adorei muito.
:)
Olha, peço desculpas pela ausência aqui no teu canto. Me sinto tão bem no meio de tuas palavras, que mal vejo a hora de poder voltar aqui e ler letra por letra que me escaparam por esses dias. Volto em breve para fazê-lo.
Beijocas.
Eu hoje andei pensando no lado sombrio do amor. Pretendo escrever a respeito...
E você retratou bem...
E por que não dar uma chance a ele, e ouvir melodia e amor?
Esperar resposta de um possível, provável e incerto amor, que talvez nem seja, é como implorar migalhas.
Vc tá certíssimo em não querer mais esperar.
Pois bem, bela trilha sonora a sua, a minha aqui agora é o retumbar da marreta na obra da casa do vizinho e bumbo da minha dor de cabeça de ressaca devido aos excessos da noite anterior.
Abraços!
Lindo!
Palavras cuidadosamente escolhidas!
Um abraço compadecido,
de alguém também à espera.
Muito tocante esse escrito, gostei muito das analogias que fizestes: da porta do quarto como lugar de entrada, e da gaveta como lugar de silêncio e resignação.
Parabéns pela verve lírica, abraços.
Mais bonita a intenção desse bilhete do que ele em si, e todo o ritual de enviá-lo ou não com as respectivas motivações... Eita, Daniel, que só que arrasa!
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