13 novembro, 2007

Afeto


Feto ainda afetado
Logo ao reto foi fadado
Alma por demais imberbe
Entregue cedo ao inconsciente
Essa agrura que viveu descrente
O menino ainda pequeno
De amor incipiente
Do colo indulgente
Com medo de repente
Do agrado malogrado

Este pode ser o eu presente
Agora com pulso novo
Que move a vontade
De seguir ascendente
Eterna sina, eterna busca
Eterno viver

Sentimento:
Seria ele amor ou angústia?
Paixão, desejo ou derrota?
A dúvida que fica é:
o que é melhor hoje?

Afeiçoar-me?
Afetar-se?
Afetar-te?
Apaixonar-nos?
Apagarmos?

Tormento
Por ora, paz de espírito não há
A alma não consegue flutuar
Tristeza, de fato, que não tem fim
Luta cada vez mais inglória
A felicidade toma forma da lágrima
Q
ue ainda reluto em verter

Quero de volta a nobreza
De um sentimento afetado
Pela angústia de não poder voltar atrás
Preciso dessa sua marca
Da sua alcunha
Infectar-me da sua dor


***

Seja sangue novo ou renovado
Não importa como foi dado
O que eu mais quero hoje
É a sua fineza de atenção

O amor eu espero mais tarde
Vindo ele com açúcar ou com afeto
Com ou sem o seu doce predileto

Um comentário:

Anônimo disse...

Oiii
acabei de visitar seu blog... Eu adorei, viu!!!
Amei de paixão!
bjs