Dizem que eu sou de pouco falar, mas isso não é lá bem uma verdade: eu sou mesmo é tagarela, por demais até. A diferença é que eu me desembesto de verdade quando estou sozinho. Melhor ainda se estiver andando por aí. Falo sozinho e nem finjo usar o celular no ouvido. Nem para concatenar dá tempo. É uma resposta automática às tempestades que se formam aqui dentro de mim. Preciso chover, de preferência ao ar livre e sem local exato. Caso contrário, fica pesado demais para suportar. Não tenho tempo para prever a calmaria, muito menos hora para trovejar. É assim que aprendi a lidar na vida-a-vida, com diria Clarice: com relativa tranqüilidade até a página dois – que confesso: raramente eu viro. Só mesmo quando mexem comigo. Do contrário, deixo o mundo ler e reler meu prefácio de poucas palavras, muito silêncio, mas de muito vento aqui dentro.
17 setembro, 2008
Do prefácio à página dois
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5 comentários:
Então és um homem de muitas palavras, mesmo no silêncio.
Um abraço!!
Ei Dani!
qto tempo, ne?
To meio aterafada e, por isso, quase nao estou visitando blogs mais. =/
Mas sobrou um tempinho pra saudade aparecer e vim aqui. =D
Coninuo adorando seus textos. Eles tem um toque diferente que inculca e encanta. São especiarias??
Bom relê-lo.
Bjinhos.
Até mesmo o silêncio vindo de vc diz muita coisa.
Abraços
Liiinndoooooooo!!!!
A diferença é que minha tempestade solitária troveja, mesmo quando tem gente...rs.
Saudade de visitar essa Velha (sempre nova) Casa.
Um beijo carinhoso e feliz por passear por aqui.
eu uso a técnica do celular,
não sou tão corajosa quanto você
rs
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