:: Prólogo ::
Não quero ter a terrível limitação
Não quero ter a terrível limitação
De quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero é uma verdade inventada.
[Clarice Lispector]
Eu não: quero é uma verdade inventada.
[Clarice Lispector]
Três. Dois. Um.
Luzes se apagam. Segundos de silêncio
Hora de começar o espetáculo
As cortinas são abertas. Vermelhas, de veludo carmesim
Que correm para seus cantos em perfeita sincronia
No palco, está o protagonista do espetáculo
Somente uma pessoa em cena
Um monólogo de dramas ínfimos do cotidiano
Diálogos abundantes sobre emoções e angústias
Lembranças de pequenezas, bagatelas e reveses do passado
Eis que o observador se atenta na coxia
Escondido na sua penumbra
Aos detalhes mais comezinhos dos gestos no palco
Sublinhado pelo spot de luz
No cenário, o corpo que fala por si
E, escondida no canto, atrás da cortina
Está a consciência vestida de autoridade
É a projeção de uma atenção sempre esperada
Do aplauso sempre aguardado no final da festa
E das flores em consagração por mais uma noite
Rostos desconhecidos ocupam a platéia
Público variado que julga aquilo que foi dito no palco
Luzes se apagam. Segundos de silêncio
Hora de começar o espetáculo
As cortinas são abertas. Vermelhas, de veludo carmesim
Que correm para seus cantos em perfeita sincronia
No palco, está o protagonista do espetáculo
Somente uma pessoa em cena
Um monólogo de dramas ínfimos do cotidiano
Diálogos abundantes sobre emoções e angústias
Lembranças de pequenezas, bagatelas e reveses do passado
Eis que o observador se atenta na coxia
Escondido na sua penumbra
Aos detalhes mais comezinhos dos gestos no palco
Sublinhado pelo spot de luz
No cenário, o corpo que fala por si
E, escondida no canto, atrás da cortina
Está a consciência vestida de autoridade
É a projeção de uma atenção sempre esperada
Do aplauso sempre aguardado no final da festa
E das flores em consagração por mais uma noite
Rostos desconhecidos ocupam a platéia
Público variado que julga aquilo que foi dito no palco
De pé, eles se entreolham, sem compreender de todo
As reais intenções dessa vida descortinada
Que volta e meia pede para entrar em cartaz
FICHA TÉCNICA
Autor do espetáculo: A vida
Duração do espetáculo: Essa mesma vida
Nome do espetáculo: "Velha casa"
Direção: Ao léu e ao sabor dos acontecimentos
Elenco: Ainda em constante definição
Local: Em casa, no trabalho, no bar, no quarto ou à sombra da noite
Apresentações: Espetáculo itinerante, sem hora para começar
[Até que se encontre no roteiro
Uma vírgula ou um ponto parágrafo qualquer
Para preparar uma reestréia]
3 comentários:
Daniiiiii! Aninha Kessler speaking. Entrei no teu orkut pra te dar um beijo e ele me trouxe até aqui. Conexões internáuticas que despertam conexões passadas ao vivo. Que grata surpresa. AMEI, guri, o teu blog. Vou visitar sempre. Saudades tuas, querido. Beijo enorme! Você está um maestro das palavras, heim? Beijoooooo
Moço, seu texto me lembrou Caio F. que sempre dizia que o medo da estréia muitas vezes interrompe o fluxo da vida nos ensaios. Te abraço,
Guiu
klap klap klap
cheguei tarde nessa estréia... mas haverá alguém entusiasmado nessa platéia!
bj, querido Lindo texto!
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